quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Alimentação Felina



Antes de falarmos da alimentação felina nos tempos de hoje, acho importante entendermos de onde eles vieram e como era sua alimentação antes de virarem animais domésticos.
Os gatos de hoje são descendentes dos felinos selvagens, ou seja, são uma adaptação evolutiva. 
A primeira coisa importante a se saber é que o gato é de origem Asiática. Os gatos vieram do Oriente Médio, ou seja, de regiões desérticas. Isso nos explica o fato do nossos pequenos amados terem tanta dificuldade em beber água. Sua principal fonte de líquidos vinha das caças, a carne de suas presas era a única fonte de umidade de fácil acesso, portanto, a ração seca que nós damos hoje tirou dos gatos a sua principal fonte de água reconhecida por ele geneticamente. Isso também nos explica o fato de os gatos beberem mais água quando elas estão em movimento, como nas fontes, na torneira ou no box do banheiro.
Quando os gatos encontravam nessas regiões algum local com água fresca, ela estava sempre em nascentes de rios de água corrente e de superfície com grande extensão, por isso a água corrente, fresca e os potes de boca bastante larga são os preferidos.

Cruzamentos entre diferentes espécimes os tornaram menores e menos agressivos aos humanos, mas seus instintos ainda se manifestam de várias formas: pulando alto nas estantes assim como saltavam na selva, caçando os brinquedinhos que damos a eles como se fossem presas, miando na janela quando no cio pra chamar o parceiro assim como nos tempos selvagens. O primeiro registro de contato de um felino com um humano foi há cerca de 9.500 anos atrás.


Assim como os demais felinos, são carnívoros e sua evolução mostra que são também excelentes caçadores. Na mata, caçavam animais pequenos e grandes e devoravam a presa inteira, incluindo pele, órgãos internos, ossos e cartilagem. Dessa forma ele obtinha o balanceamento nutricional correto.
Bom, nos dias de hoje, morando em nossas casas, eles não podem mais sair pra caçar nem tão pouco comem carne crua, o que não é ruim se você der a eles todos os nutrientes através de uma dieta adequada.
Um animal nas ruas ou na selva vive em torno de 3 a 5 anos, enquanto que os gatos de casa chegam a viver 15 muito saudáveis. Isso porque a alimentação correta previne o envelhecimento precoce, problemas de saúde e demais enfermidades que assolam nossos pequenos.

Os gatos, como caçadores, alimentam-se de insetos, pequenas aves e roedores. Os gatos não-domesticados, abandonados e sem dono, ou gatos domesticados que se alimentem livremente, consomem entre 8 a 16 refeições por dia. Biologicamente, os gatos são classificados como animais carnívoros, tendo a sua fisiologia orientada para a eficiência no processamento de carne, com consequente ausência de processos eficientes para a digestão de vegetais.
Os gatos não produzem a sua própria taurina (um ácido orgânico essencial). Como essa substância está presente no tecido muscular dos animais, o gato precisa se alimentar de carne para sobreviver. Assim, os gatos apresentam dentição e aparelho digestivo especializado para processamento de carne. O intestino diminuiu de extensão ao longo da evolução para ficar apenas com os segmentos que melhor processam as proteínas e gorduras de origem animal. O aparelho digestivo limita seriamente a capacidade dos gatos de digerirmetabolizar e absorver nutrientes de origem vegetal, bem como certos ácidos graxos.
A taurina é rara em plantas, mas relativamente abundante nos tecidos dos animais, sendo um aminoácido de grande importância para a saúde dos olhos dos gatos, de modo que a deficiência dessa substância pode causar uma degeneração macular, na qual a retina sofre destruição lenta e gradual, podendo causar uma cegueira irreversível no animal.
Apesar da fisiologia do gato ser essencialmente orientada para o consumo de carne, é comum que os gatos complementem a sua dieta carnívora com a ingestão de pequenas quantidades de ervas, folhas, plantas domésticas ou outros elementos de origem vegetal. Uma teoria sugere que este comportamento ajuda os gatos a regurgitar em caso de difícil digestão; outra teoria aponta que ingerir pequenas doses de vegetais fornece fibras e minerais diversos, não presentes em uma dieta exclusivamente carnívora. Neste contexto, é necessária prudência aos donos dos gatos porque algumas plantas podem ser venenosas para os animais. As folhas de algumas espécies de lírios podem causar dano nos rins, que pode mesmo ser fatal. Outro exemplo é o do abacateiro, do qual algumas partes são tóxicas, mas cujo fruto (exceto o caroço) é um ingrediente em várias marcas de comida para gatos.
Os gatos são bastante seletivos em sua alimentação, o que pode ser decorrente, pelo menos em parte, da mutação que causou à espécie a perda da capacidade de detectar o sabor doce nos alimentos. Apesar de exigentes, precisam alimentar-se constantemente, pois, de modo geral, não toleram mais de 36 horas de jejum sem que os seus rins sofram algum risco de dano.
O gato exibe alguma preferência pela planta designada por nepeta, popularmente conhecida como erva-dos-gatos, ou catnip. Muitos gatos gostam de comer esta planta, que tem efeitos diversos no seu comportamento, enquanto outros apenas rastejam sobre esse vegetal e brincam com suas folhas e flores. Os gatos também podem sofrer de distúrbios alimentares diversos. Alguns contraem uma doença chamada pica, que consiste em um transtorno que os impele a mastigar objetos alheios a sua dieta, tais como terra, plástico, papel, lã, carvão e outros materiais, o que pode ser perigoso para a sua própria sobrevivência, dependendo da toxicidade desses materiais.
O meio de alimentação mais recomendado para os gatos domésticos é o consumo livre, ou seja, deve-se procurar deixar o alimento à vontade para o animal ao longo do dia. Essa prática tem a vantagem de diminuir o pH da urina, evitando, desse modo, a formação de cálculos renais. No entanto, alguns veterinários costumam recomendar que o dono controle a quantidade de alimento ingerida, oferecendo ao gato porções limitadas, visando evitar que o animal fique com sobrepeso.
O instinto para caçar é muito forte no gato. Mesmo sendo bem alimentado, pode tentar caçar algum pequeno animal, seja para comer ou por desporto.

Quando domesticados, é recomendado dar ração seca e úmida. Como são animais de deserto, costumam beber pouca água, a ração úmida permite-lhes ingerir água, sem a beber. A seca pode ser mais conveniente, mas obriga o animal a ingerir mais água, por outro lado, ração seca costuma ter cereais, o que não é muito natural para o gato.
Os gatos domésticos tendem a ter certas deficiências alimentares por não estarem em seu ambiente natural, portanto sua alimentação balanceada desde filhote influenciará sua vida adulta.

Recaptulando!!!

*boa quantidade de proteínas (carnes, peixe, aves, vegetais, fibras)


*água: No estado selvagem os gatos bebem pouca água. A carcaça das presas que comem possuem 70% de água.




*Grama: Ou verde. É um elemento importante na alimentação dos gatos. No ambiente selvagem, ingerem alimentos verdes junto com a presa. O verde contém vitaminas e ajuda no bom funcionamento do aparelho digestivo. Ajuda também na eliminação das bolas de pelos que podem obstruir o intestino.



*Taurina: A Taurina é um produto final do metabolismo de dois aminoácidos. Está envolvida na formação e funcionamento da retina e nos gatos também com a formação de sais biliares.


*Vitamina A: O gato é incapaz de converter beta-caroteno em vitamina A, por isso necessitam de fonte pré-formada da vitamina. A função mais conhecida da vit. A é com relação à visão, mas também é importante para o crescimento normal das celulas epiteliais, crescimento ósseo e dos dentes.





Então, agora com tanta informação, vamos cuidar dos nossos tão amados felinos pra que eles possam envelhecer com saúde, dignidade e muita paz de espírito!

Bezo!
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Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Gato