segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Complexo Viral Felino - Rinotraqueíte

Bom, a primeira coisa que quero falar dessa doença é que ela está (na minha humilde opinião) no Top Five das mais devastadoras doenças que assolam nossos felinos. Isso porque a rinotraqueíte atinge os principais sensos do gato: a visão, o olfato e o sistema respiratório. Sem sentir cheiro, o gato pára de comer e aí desencadeia uma série de outros problemas sistêmicos.
Felino de cerca de 30 dias encontrado com rinotraqueíte.

Vou tentar explicar pra vocês exatamente o que é e como funciona o tratamento e as sequelas que o gato pode ter.

Técnicamente é assim que se define a Rinotraqueíte:
"Rinotraqueíte viral felina é uma doença do trato respiratório superior de felinos, causada pelo herpesvirus felino 1 (HVF-1), da família Herpesviridae. Acomete tanto a espécie doméstica quanto as selvagens. O vírus é transmitido por contato direto e o período de incubação geralmente é curto.
A Rinotraqueíte felina é uma doença viral extremamente freqüente, que acomete os gatos domésticos e felídeos selvagens. Esta doença é causada pelo herpesvírus felino e a maioria dos gatos que se recuperam da infecção tornam-se portadores assintomáticos, ou seja, eles albergam o vírus no organismo de forma latente e podem eliminá-lo do vírus no ambiente, associado ou não a sinais clínicos. Eventualmente, situações de estresse — como cirurgia, doenças concomitantes, hospedagem e internação em clínicas — são suficientes para que haja replicação do vírus, rescidiva dos sintomas clínicos e sua disseminação.
Minha gata Julieta antes de perder a visão.

Sintomas Febre, espirros seguidos (paroxísticos), conjuntivite, rinite e salivação - o animal fica babando (é, por esse sintoma, às vezes confundida com a raiva) devido à presença de lesões ulcerativas (aftas) na boca, língua e lábios que causam muita dor e impedem o gato de comer. Há também descarga catarral pelo nariz. A doença pode ser fatal para filhotes e animais debilitados. O tratamento deve ser instituído logo aos primeiros sintomas, principalmente para aliviar a dor causada pelas aftas para que o gato não pare de se alimentar. A transmissão ocorre através do contato direto, principalmente das narinas. As macro-gotículas eliminadas no espirro são importantes fontes de transmissão e podem ocorrer num raio de 1,5 m ao redor do animal enfermo. Gatas prenhas portadoras são eliminadoras do vírus provavelmente cinco a sete dias após o parto, devido ao estresse deste período. Por ser uma doença bastante freqüente em filhotes, é a causa de alto índice de mortalidade."
Filhote com perda de globo ocular causado pela rinotraquíte.
Fonte do texto: http://pt.wikipedia.org/wiki/Rinotraque%C3%ADte_viral_felina

Apesar de ser uma doença muitas vezes fatal para os gatos, ela tem como ser controlada e o peludinho poderá viver com esse vírus inativo muitos e longos anos saudáveis. É apenas uma questão de dedicação e cuidados.

Quando vc encontra um gato com rinotraqueíte ou o seu gato apresenta os sintomas citados acima, a primeira coisa q deve ser feita é levá-lo ao veterinário para que dê tempo de evitar que seu animal pare de comer pela dor e pelo entupimento nasal (gatos quando não sentem o cheiro da comida, são incapazes de saber que ali existe alimento).
Feito isso, provavelmente, o médico veterinário lhe dará uma receita com antibióticos, complementos alimentares e probióticos e isso ajudará na recuperação saudável do seu gato.


Mantenha sempre os olhinhos dele bem limpinhos e sempre com a pomada antiinflamatória indicada pelo veterinário, verifique sempre se ele está comendo a quantidade certa de ração e mantenha os suplementos vitamínicos por cerca de 30 dias após o sumiço total dos sintomas.




As comidas pastosas são muito indicadas para ajudar na alimentação de animais convalescentes, e existem algumas específicas para ajudar na recuperação de problemas graves de saúde.



Quando há a manifestação da doença somente o tempo e a medicação controlada e correta poderá ajudar, porém, enquanto seu gato está saudável e sem sintomas você poderá tomar algumas precauções para evitar o surto do vírus.

Eu indico o uso contínuo e diário de um complemento alimentar e indico 2 diferentes, suas apresentações são em pó e podem ser polvilhadas na ração ou diluídas na água conforme indicação de bula:


Indicação:
Cat Lysin SF é um suplemento alimentar rico em lisina. Contém ainda mananoligossacarídeos (MOS) e vitaminas A, E e C, protetoras do epitélio geral.

Composição:
Mananoligossacarideos, vitamina A, vitamina E, vitamina C, lisina 64,1026%


Descrição:
Nos últimos anos, várias publicações fizeram referência a respeito dos potenciais efeitos benéficos da suplementação dietética com o aminoácido lisina para gatos.


 Indicação:
Promun Cat é um suplemento vitamínico (A, E, C), mineral (zinco), aminoácido (essenciais, incluindo taurina), probiótico e prebiótico, indicado para gatos.

Composição:
treonina, maltodextrina,caulium, metionina, vitamina E,parede de celular, triptofano, vitamina A, L-lisina, taurina, glutamina, saccharomyces cerivisiae, vitamina C, aditivo flavorizante, oxido de zinco

Descrição:
O funcionamento do sistema imunológico do animal depende da integridade dos órgãos primários e centrais do sistema imunológico como medula óssea, timo e tecidos linfoides. Essas estruturas são dependentes da correta nutrição e higidez do trato gastrintestinal, da absorção das frações dos alimentos e da disponibilidade dos nutrientes essenciais na formação de leucócitos, anticorpos e imunoglobulinas.
As leveduras Saccharomyces cerevisiae e os mananoligossacarídeos (MOS) atuam no trato gastrintestinal (TGI), evitando a agressão do organismo animal por patógenos formadores de aminas biogênicas no tubo intestinal como a histamina, putrescina e cadaverina, produtos que absorvidos irão aumentar a reação antigênica do organismo. Os probióticos ainda competem com estes agentes infecciosos (Salmonelas sp. e coliformes enterotóxicos) e não permitem a sua proliferação por ocuparem o espaço no meio intestinal; já os prebióticos (MOS) agem ligando-se a fímbria destes patógenos e evitam a sua fixação nos enterócitos da mucosa intestinal.

Eu particularmente, gosto muito do Promun Cat porque é mais completo e também é mais barato. Uso diariamente polvilhado na ração dos meus gatos e o resultado é notável no pelo e da saúde deles.

Existe também uma vitamina que pode ser dada por cerca de 30 dias (o tempo que o frasco durar), a apresentação é em forma líquida e deve ser dada ao gato com o auxílio de uma seringa:
 
Indicação:
Nutrifull Cat foi desenvolvido para complementar os alimentos constituintes da dieta dos felinos, observando as suas características peculiares de alimentação.

 Composição:
vitamina B1, oleo de soja degomado, oleo de figado de bacalhau, vitamina B2, L-lisina, nicotinamida, vitamina B6, sorbitol, sulfato ferroso monohidratado, arginina, agua, taurina, vitamina D3, aditivo antoxidante, aditivo flavorizante, acido fosforicom, DL-metionina, vitamina A.

Descrição:
 Nutrifull Cat combina nutrientes em altas concentrações na apresentação líquida. É um suplemento completo que contém todos os aminoácidos essenciais e limitantes, vitaminas, macro e microminerais.
 As vitaminas e ácidos graxos essenciais (EFA´s) como o Ômega 3, minerais como zinco, entre outros, previnem problemas de pele, queda de pelos e dermatites, além de possibilitar o rápido desenvolvimento de animais em crescimento.
A taurina desempenha importante ação na manutenção do funcionamento cardíaco e na integridade da retina.


Então, vamos cuidar muito bem no sistema imunológico dos nossos felinos pra que eles possam ter uma vida longa e, o mais importante, cheia de saúde!!!

Beijos!
=^.^=

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Alimentação Felina



Antes de falarmos da alimentação felina nos tempos de hoje, acho importante entendermos de onde eles vieram e como era sua alimentação antes de virarem animais domésticos.
Os gatos de hoje são descendentes dos felinos selvagens, ou seja, são uma adaptação evolutiva. 
A primeira coisa importante a se saber é que o gato é de origem Asiática. Os gatos vieram do Oriente Médio, ou seja, de regiões desérticas. Isso nos explica o fato do nossos pequenos amados terem tanta dificuldade em beber água. Sua principal fonte de líquidos vinha das caças, a carne de suas presas era a única fonte de umidade de fácil acesso, portanto, a ração seca que nós damos hoje tirou dos gatos a sua principal fonte de água reconhecida por ele geneticamente. Isso também nos explica o fato de os gatos beberem mais água quando elas estão em movimento, como nas fontes, na torneira ou no box do banheiro.
Quando os gatos encontravam nessas regiões algum local com água fresca, ela estava sempre em nascentes de rios de água corrente e de superfície com grande extensão, por isso a água corrente, fresca e os potes de boca bastante larga são os preferidos.

Cruzamentos entre diferentes espécimes os tornaram menores e menos agressivos aos humanos, mas seus instintos ainda se manifestam de várias formas: pulando alto nas estantes assim como saltavam na selva, caçando os brinquedinhos que damos a eles como se fossem presas, miando na janela quando no cio pra chamar o parceiro assim como nos tempos selvagens. O primeiro registro de contato de um felino com um humano foi há cerca de 9.500 anos atrás.


Assim como os demais felinos, são carnívoros e sua evolução mostra que são também excelentes caçadores. Na mata, caçavam animais pequenos e grandes e devoravam a presa inteira, incluindo pele, órgãos internos, ossos e cartilagem. Dessa forma ele obtinha o balanceamento nutricional correto.
Bom, nos dias de hoje, morando em nossas casas, eles não podem mais sair pra caçar nem tão pouco comem carne crua, o que não é ruim se você der a eles todos os nutrientes através de uma dieta adequada.
Um animal nas ruas ou na selva vive em torno de 3 a 5 anos, enquanto que os gatos de casa chegam a viver 15 muito saudáveis. Isso porque a alimentação correta previne o envelhecimento precoce, problemas de saúde e demais enfermidades que assolam nossos pequenos.

Os gatos, como caçadores, alimentam-se de insetos, pequenas aves e roedores. Os gatos não-domesticados, abandonados e sem dono, ou gatos domesticados que se alimentem livremente, consomem entre 8 a 16 refeições por dia. Biologicamente, os gatos são classificados como animais carnívoros, tendo a sua fisiologia orientada para a eficiência no processamento de carne, com consequente ausência de processos eficientes para a digestão de vegetais.
Os gatos não produzem a sua própria taurina (um ácido orgânico essencial). Como essa substância está presente no tecido muscular dos animais, o gato precisa se alimentar de carne para sobreviver. Assim, os gatos apresentam dentição e aparelho digestivo especializado para processamento de carne. O intestino diminuiu de extensão ao longo da evolução para ficar apenas com os segmentos que melhor processam as proteínas e gorduras de origem animal. O aparelho digestivo limita seriamente a capacidade dos gatos de digerirmetabolizar e absorver nutrientes de origem vegetal, bem como certos ácidos graxos.
A taurina é rara em plantas, mas relativamente abundante nos tecidos dos animais, sendo um aminoácido de grande importância para a saúde dos olhos dos gatos, de modo que a deficiência dessa substância pode causar uma degeneração macular, na qual a retina sofre destruição lenta e gradual, podendo causar uma cegueira irreversível no animal.
Apesar da fisiologia do gato ser essencialmente orientada para o consumo de carne, é comum que os gatos complementem a sua dieta carnívora com a ingestão de pequenas quantidades de ervas, folhas, plantas domésticas ou outros elementos de origem vegetal. Uma teoria sugere que este comportamento ajuda os gatos a regurgitar em caso de difícil digestão; outra teoria aponta que ingerir pequenas doses de vegetais fornece fibras e minerais diversos, não presentes em uma dieta exclusivamente carnívora. Neste contexto, é necessária prudência aos donos dos gatos porque algumas plantas podem ser venenosas para os animais. As folhas de algumas espécies de lírios podem causar dano nos rins, que pode mesmo ser fatal. Outro exemplo é o do abacateiro, do qual algumas partes são tóxicas, mas cujo fruto (exceto o caroço) é um ingrediente em várias marcas de comida para gatos.
Os gatos são bastante seletivos em sua alimentação, o que pode ser decorrente, pelo menos em parte, da mutação que causou à espécie a perda da capacidade de detectar o sabor doce nos alimentos. Apesar de exigentes, precisam alimentar-se constantemente, pois, de modo geral, não toleram mais de 36 horas de jejum sem que os seus rins sofram algum risco de dano.
O gato exibe alguma preferência pela planta designada por nepeta, popularmente conhecida como erva-dos-gatos, ou catnip. Muitos gatos gostam de comer esta planta, que tem efeitos diversos no seu comportamento, enquanto outros apenas rastejam sobre esse vegetal e brincam com suas folhas e flores. Os gatos também podem sofrer de distúrbios alimentares diversos. Alguns contraem uma doença chamada pica, que consiste em um transtorno que os impele a mastigar objetos alheios a sua dieta, tais como terra, plástico, papel, lã, carvão e outros materiais, o que pode ser perigoso para a sua própria sobrevivência, dependendo da toxicidade desses materiais.
O meio de alimentação mais recomendado para os gatos domésticos é o consumo livre, ou seja, deve-se procurar deixar o alimento à vontade para o animal ao longo do dia. Essa prática tem a vantagem de diminuir o pH da urina, evitando, desse modo, a formação de cálculos renais. No entanto, alguns veterinários costumam recomendar que o dono controle a quantidade de alimento ingerida, oferecendo ao gato porções limitadas, visando evitar que o animal fique com sobrepeso.
O instinto para caçar é muito forte no gato. Mesmo sendo bem alimentado, pode tentar caçar algum pequeno animal, seja para comer ou por desporto.

Quando domesticados, é recomendado dar ração seca e úmida. Como são animais de deserto, costumam beber pouca água, a ração úmida permite-lhes ingerir água, sem a beber. A seca pode ser mais conveniente, mas obriga o animal a ingerir mais água, por outro lado, ração seca costuma ter cereais, o que não é muito natural para o gato.
Os gatos domésticos tendem a ter certas deficiências alimentares por não estarem em seu ambiente natural, portanto sua alimentação balanceada desde filhote influenciará sua vida adulta.

Recaptulando!!!

*boa quantidade de proteínas (carnes, peixe, aves, vegetais, fibras)


*água: No estado selvagem os gatos bebem pouca água. A carcaça das presas que comem possuem 70% de água.




*Grama: Ou verde. É um elemento importante na alimentação dos gatos. No ambiente selvagem, ingerem alimentos verdes junto com a presa. O verde contém vitaminas e ajuda no bom funcionamento do aparelho digestivo. Ajuda também na eliminação das bolas de pelos que podem obstruir o intestino.



*Taurina: A Taurina é um produto final do metabolismo de dois aminoácidos. Está envolvida na formação e funcionamento da retina e nos gatos também com a formação de sais biliares.


*Vitamina A: O gato é incapaz de converter beta-caroteno em vitamina A, por isso necessitam de fonte pré-formada da vitamina. A função mais conhecida da vit. A é com relação à visão, mas também é importante para o crescimento normal das celulas epiteliais, crescimento ósseo e dos dentes.





Então, agora com tanta informação, vamos cuidar dos nossos tão amados felinos pra que eles possam envelhecer com saúde, dignidade e muita paz de espírito!

Bezo!
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Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Gato