Esse é o Pretuxo quando chegou.
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Numa caixa de papelão foram encontrados, ainda de olhinhos fechados. |
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Cabecinha que cabia num buraquinho da minha mão. |
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Parecia um pedacinho de porcaria. |
Na verdade, era ele e mais um irmãozinho. Cuidei dos dois de mamadeira, muitas horas nas noites a fio. Lutei muito pela vida deles, como sempre luto por todo bebê que encontro. Ele me amou e eu o amei, ele cresceu e eu deles me orgulhei...
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Amor maior nesse mundo! |
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Baligas de nênis! |
A vida é uma coisa mesmo maravilhosa, é incrível como esses bichinhos conseguem lutar contra tudo aquilo que querem com eles acabar. E eu continuei ali lutando, dando tudo de mim pelo bem comum. E quando a gente vê o resultado, o coração parece que salta, faz: BUM! BUM!
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Preguixinha... |
Logo que com idade ele ficou, uma família pra ele a gente encontrou. Selecionamos com carinho, conversamos com jeitinho e pra casa nova ele foi e me deixou. Senti saudades, não vou negar, mas a minha missão na vida deles é com um excelente lar lhes presentear.
No entanto eu me enganei. Achei que a família iria amá-lo e correndo um dia, saí brigando e o busquei. Apavorado estava, imagina a situação, uma criança da casa não o tratara com o coração.
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Carinha de medo quando fui pegá-lo de volta. |
Esse olhar medroso eu nunca vou esquecer, por isso daquele dia em diante, o Pretuxo nunca mais eu iria ceder. Até hoje vive comigo, gordinho, gostoso, pode chamar do que quiser. Esse é meu pretinho guloso, meu roliço amoroso, que pra sempre vou ter!